quarta-feira, 4 de março de 2009

"Pedí, e dar-se-vos-á..."

Calma!Não precisa achar estranho título desse artigo e nem precisa se pensar muito para saber que irei me referir às consequências. "Atentando para as consequências" - na verdade esse é o subtítulo - o qual preferi colocar no corpo do texto para deixá-lo exatamente como você está agora, caro leitor: sob o controle de estímulos, ou seja, mudança de comportamento na medida em que muda o contexto. O que há de diferente em seu contexto agora? O texto que você ler pode ser?

Bem, por falar nisso (contextos), gostaria de lhes relatar o quanto eles podem interferir em seus comportamentos e nas consequências deles. Em que contexto está o curso de Psicologia da FACIME hoje? Você sabe quais são as pautas das assembléias realizadas pelo Centro Acadêmico? Tens percebido o que os nossos representantes de movimento estudantil têm feito para receber os calouros, para lutar por nossos direitos em Colegiado de Curso, em Conselho Universitário ou no próprio movimento estudantil em si? E as consequências disso?

A aprovação no vestibular foi condição para ingressar no curso e teve como consequência: fazer da universidade a extensão do ensino médio (?); cruzar os braços e absorver tudo em sala de aula sem nada questionar e depois voltar pra casa satisfeito da vida (?); ir em busca de conhecimento sobre o curso, grupos de estudo, pesquisas (?); relacionar-se com colegas de outros períodos para também aprender fora da sala de aulas (?), etc.

O que foi descrito acima não é direcionado só para os calouros não, o contexto foi o mesmo para todos nós, agora como estamos nos comportando e como as consequências de nossos comportamentos nos afetam é que está sendo tratada. Nossos comportamentos produzem modificações no ambiente e são afetados por elas. Sabendo disso, é possível dizer que nós podemos ser "o futuro da Psicologia no Piauí" (desculpem o jargão), e em que contribuímos para que ela tome consistência daqui? Nós temos fôlego para defender a prática psicológica como uma profissão que embora nova em nosso Estado, é uma ciência de responsabilidade? Ou sairemos da Academia fazendo as coisas que já nem sabemos mais o que é?

E o que iremos obter como consequência se ficarmos de braços cruzados, negligenciando a causa de nosso próprio interesse em comum? O que estamos pedindo com isso e o que nos será dado? Mas se por outro lado, em vez de reclamar, julgar e brincar, buscarmos conhecer nosso curso como um todo e claro, fora das quatro paredes da sala de aula, conseguiremos começar a contribuir na mudança dessa história que alguns já começaram.

Talvez seja ousadia, mas muitos estudantes com a evolução de uma "meta" pratica uma metacontingencia. Ela se caracteriza por um conjunto de contingências individuais entrelaçadas que atuam juntas na produção de uma consequência final, geralmente a longo prazo.
E agora? Será que nós poderiamos sair de nossa zona de conforto e fazer um esforço para frente, afim de zelar pelo que é nosso? Talvez você esteja cansado de tantos questionamentos e provavelmente algum deles até mexeram com você, mas só preciso fazer mais uma pergunta: Você está disposto a mudar o contexto em que está inserido?

Quem sabe, se buscarmos não acharemos?

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